Certa vez uma menina,
catequizanda da Primeira Comunhão, recebeu de presente de suas catequistas um
pequeno pacotinho plástico transparente contendo sementes de girassol. O
pacotinho parecia uma embalagem de presente, havia um tope cor-de-rosa, era um
ornamento perfeito e demonstrava que quem o preparou agiu com esmero e
capricho. Na verdade, todas as crianças de sua turma receberam esse presente,
que representava a vida, a família e o conselho de que – assim como o girassol
busca o sol – devemos buscar a Deus em todos os momentos da vida.
A menina levou o belo presente
para casa, colocou-o dentro de uma caixinha, e guardou numa gaveta de seu
guarda-roupa.
O tempo passou, a menina cresceu,
tornou-se moça, conheceu o amor de sua vida e marcou casamento.
Passados quase vinte anos, a menina
preparava a mudança para a casa onde passaria a viver com seu marido, e acabou
por encontrar a caixinha contendo o pequeno recipiente com as sementes de
girassol.
Num instante um repertório todo
de lembranças e reminiscências da infância passaram pela sua mente, como se
pudesse reviver o doce tempo de criança num relance imaginário de poucos
segundos.
Não teve dúvidas, levou as
sementes consigo.
Ao chegar à nova morada, foi tomada
de uma incontrolável curiosidade.
Será que essas sementes estão vivas? Será que
vão germinar?
E lançou-as à terra, semeando-as
ao redor da residência, por toda a extensão do terreno.
Para sua dileta surpresa, os
girassóis germinaram e logo cresceram de modo imponente.
Logo aquela casa ficou conhecida
como a Casa dos Girassóis e virou referência na rua.
Era impossível passar nas
proximidades sem notar aquela morada colorida com as cores que caracterizam a
planta.
Seu marido, no entanto, começou ficar
incomodado e queria arrancar os girassóis, com o que nossa menina obviamente
não concordou. Surgiram os pequenos atritos e alguns contratempos familiares.
As amigas e vizinhas achavam
aquilo tudo um exagero, não parecia ser coisa de uma pessoa normal, afinal de
contas o girassol não é uma planta ornamental, não é um enfeite e não fica bem
no jardim.
E nossa menina começou a
sentir-se sozinha, o esposo distanciou-se e demonstrava até certa vergonha da
morada colorida de girassóis, as amigas fofocavam e logo – inconscientemente – fizeram
crer na vizinhança que a menina era
louca ou fanática por girassóis.
Nossa doce menina agora era uma
ilha misteriosa, cercada de incompreensões por todos os lados, sentia-se
sozinha, uma estrangeira no próprio lar. Não foram poucas as suas lágrimas.
Diante de tantas incompreensões,
olhou para os girassóis, caminhou no meio deles, e lembrou-se do conselho
recebido, “Assim como o girassol busca o sol, assim devemos buscar a Deus”.
Colocou uma placa exatamente com
esses dizeres.
Todos os que por ali passavam,
sempre atraídos pelos inúmeros girassóis, eram levados a ler a mensagem e
sentiam-se tocados de alguma forma, sentiam vontade de buscar a Deus e com Ele
permanecer.
Através dos girassóis, nossa
menina evangelizou todos os seus vizinhos, amigos, familiares e “pescou” muitas
almas para Deus.
E eu pergunto a você!
Não estamos nós com nossas “sementes
de girassol” guardadas na gaveta?
Será que estamos cumprindo nossa
missão de batizados – discípulos e missionários de Jesus?
Será que não enterramos nossos
talentos e deixamos de dar frutos para o Reino dos Céus?
Muitas e muitas pessoas precisam
ouvir você falar de Jesus, não necessariamente com palavras. Nós evangelizamos
de várias formas, com a vida que nós vivemos, com nossas atitudes, com amor,
compaixão, misericórdia e caridade.
A vida que a gente vive é o melhor
Evangelho que podemos pregar, mesmo sem dizer uma palavra.
Evangelizar é uma MISSÃO QUE NOS
FOI IMPOSTA!
Aí de nós se não evangelizarmos!
“Põe a semente na terra não será
em vão. Não te preocupes a colheita, plantas para o irmão...”
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