Muitas pessoas costumam me pedir orações. E muito me agrada
ser intercessor de quem se recomenda a Deus. Entretanto, é preciso observar que
não se pode ver em Deus unicamente um “pronto-socorro”, um “quebra-galho”.
Jesus foi expresso e direto quando disse, “Eu sou o caminho,
a verdade e a vida”. O caminho para Deus, a verdade de Deus e a vida que é
Deus.
Portanto, temos de observar que Deus é tudo para nós. Na verdade,
todos sabemos que da vida nada se leva, que tudo é transitório, que só Deus é
para sempre, porém buscamos com grande ânsia e esforço os bens perecedouros,
esquecendo dos eternos.
Para alcançar graças de Deus, além de pedir com insistência,
é necessário realizar os esforços e iniciativas que se fizerem necessários.
No Livro de Judite, no Antigo Testamento, vemos que o rei
Nabucodonosor ameaçava gravemente o povo de Israel, através de seu marechal
Holofernes, que, inclusive, já havia arrasado as cidades fortificas da
Mesopotâmia, do litoral e da maioria dos lugares e se encaminhava para
Jerusalém.
Os israelitas ficaram desesperados, pois sabiam que
Holofernes estava arrasando e saqueando tudo o que encontrava pelo caminho.
Segundo consta na redação bíblica, os vales e os rios estavam cheios de cadáveres.
Enquanto Holofernes avançava, os israelitas suplicavam
insistentemente a Deus, e diante dEle se humilhavam.
Vejam o diz a Bíblia:
“Os que viviam em Jerusalém, inclusive mulheres e crianças,
se prostraram diante do Templo, com cinzas na cabeça, e estenderam as mãos
diante do Senhor. Cobriram o Altar com panos de saco e clamaram, a uma só voz e
com ardor, para que o Deus de Israel não entregasse seus filhos ao saque, nem
suas mulheres ao exílio, nem à destruição as cidades que tinham herdado, nem o
Templo à profanação e caçoadas humilhantes das nações.” (Judite, Capítulo 4,
versículos 11-12)
Você percebe? Diante do risco e do desespero, as pessoas se
voltam para Deus com todas as suas forças, arrependem-se de seus pecados
(cabeças cobertas de cinzas), e suplicam salvação. Há nesta prece mudança de
vida, arrependimento e confiança em Deus.
E qual foi a consequência?
“O Senhor ouviu-lhes o grito e tomou conhecimento da
tribulação deles. O povo jejuou por dias seguidos em toda a Judeia e em Jerusalém,
diante do Templo do Senhor Todo-Poderoso. (...) Eles clamavam com toda a força
ao Senhor, para que protegesse a casa de Israel.” (Judite, 4, 13 e 15)
Holofernes, então, ficou sabendo que o povo de Israel estava
se preparando para a Guerra, mas não sabia ao certo como. Ele indagou seus
prisioneiros, os reis recentemente vencidos, e perguntou acerca dos israelitas,
questionou a força militar dos judeus, e quis saber a razão pela qual recusavam
render-se ao rei Nabucodonosor.
Como resposta, Aquior, líder dos amonitas, advertiu:
“...Se essa gente se desviou, pecando contra o Deus deles,
comprovemos essa falta, e subamos para atacá-los. Contudo, se eles não tiverem
pecado, é melhor que o senhor os deixe em paz. Caso contrário, o Senhor o Deus
deles vai protegê-los, e nós ficaremos envergonhados diante de todo o mundo.”
(Judite, 5 20-22).
Holofernes ficou irado, e decidiu que os israelitas deveriam
ser exterminados. Os Assírios, então, avançaram contra o território, ocuparam
as fontes de água e realizaram um cerco implacável durante 34 dias, não
permitindo a entrada de alimentos e água potável.
Judite era uma mulher viúva, porém ainda jovem e muito bonita.
Era muito temente a Deus e de conduta irrepreensível. Jejuava a maior parte do
mês, e exercitava-se continuamente com atos de devoção e piedade.
Judite orou com grande instância a Deus, uma oração intensa,
regada a jejum, grande louvor e lágrimas.
E Judite tirou a roupa de viúva, arrumou-se, perfumou-se e
vestiu-se com roupa de festa. Ficou belíssima, capaz de seduzir os homens que a
vissem. Depois, apanhou uma sacola com alimentos e dirigiu-se para onde estava
Holofernes.
Bastou apenas vê-la
para apaixonar-se. Após muito assédio,
Holofernes promoveu um banquete regado a muito vinho, com o propósito de manter
relações sexuais com Judite. Acabou por adormecer. Procurando deixá-lo a sós
com Judite, os servos fecharam a tenda e saíram. Judite, então, aproveitando-se
a coma alcoólica de Holofernes, usando a própria espada deste, cortou-lhe a
cabeça. Judite pegou a sacola utilizada para levar mantimentos e fez com que a
cabeça de Holofernes fosse colocada dentro. Após, deixou discretamente o
acampamento e voltou para seu povo, levando consigo a cabeça do opressor.
O restante da história é a vitória dos israelitas, que
desceram das montanhas e atacaram os assírios, os quais fugiram ao perceberem
que seu general estava morto.
Mais importante do que a história contada, são algumas
constatações que podemos fazer.
Primeiro, Judite era uma mulher correta e íntrega, de
conduta irrepreensível.
Segundo, Judite era uma mulher de oração, que aliava a esta
prática o jejum e a mortificação.
Terceiro, Judite confiava muito em Deus, e esta confiança
não foi frustrada.
Mas isso não é tudo. É imprescindível falar sobre as
consequências do pecado.
Importa, assim, referir que o pecado é predestinação de
derrota, não só para o povo daquele tempo como para nós, hoje. O inimigo
procurava saber se o povo estava em pecado, pois aí sabiam que poderiam
vencê-lo. Se não estivessem em pecado,
os inimigos sabiam que Deus os protegeria, e nenhum mal poderia fazer-lhe nem o
mais poderoso dos exércitos.
É justamente por isso que o demônio se esforça tanto com
suas ofertas de pecado, cada vez mais audaciosas. Faz parte de sua estratégia e
de seu plano de extermínio tornar o pecado e o neopaganismo como uma
normalidade, aí poderá derrotar e esmagar a humanidade toda.
Quando a normalidade do pecado entra em uma família, ela é
destruída. Quando entra na escola, no trabalho, na Igreja, ou em qualquer
lugar, logo os efeitos nefastos são visíveis e os estragos são grandes.
A fúria do demônio contra o ser humano é justamente pelo
fato de que a “imagem e semelhança de Deus” (com o que fomos ornados) era algo
que o próprio Lúcifer, enquanto portador da luz, pretendida. É por inveja dele – do demônio - que a morte e o
pecado entraram no mundo, inveja contra os seres humanos, escolhidos para serem
imagem e semelhança de Deus (não uma semelhança corpórea, mas uma aparência,
uma representação do amor de Deus com poder criador e inovador no mundo).
Dessa forma, fica a orientação e o alerta para que nós, no
sentido de que evitemos o pecado, nos humilhemos e confessemos assiduamente,
além de jejuarmos, comungarmos, lermos a Bíblia e termos vida de oração (as
cinco pedrinhas).
Assim, não seremos derrotados pelo inimigo.
gostaria de saber se alguém sabe se existe um filme completo de Judite?
ResponderExcluirE qual o link?
Muito bom!!! Faço parte de um grupo de adolescentes chamado Yahweh-Yiré (O Senhor proverá) em Londrina-PR, tenho 18 anos, e fiquei surpreso com tamanha unção neste texto!! Deus realmente toca as pessoas através de tudo, louvado seja Ele!!
ResponderExcluirLinda reflexão, demais!
ResponderExcluirLinda reflexão, obrigado
ResponderExcluirDeus ama a humanidade,sempre está conosco nas batalhas,sempre nos surpreende, derrota o inimigo qdo menos se espera,de maneira que só ele sabe...Adoremos aí nosso Deus nos seus anjos e nos seus santos...amém...
ResponderExcluirNossa o Espírito Santo realmente move todas as coisas estou fazendo exatamente cm vc descreveu a pedido de Deus por uma batalha o seu texto veio me confirmar e orientar muito o o obrigada vi foi usado profundamente por ele.
ResponderExcluirEu me chamo miro fui intercesora no grupo de oração água viva Jesus meussva muito a coordenadora do grupo era a lurdes fis muita cura e libertação o Sebastião sabe kdeus elimina vcs todo
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