domingo, 16 de dezembro de 2012

Combati o bom combate - As Virtudes da Paciência e do Silêncio - Santa Faustina - Viver Pra Mim é Cristo, Padre Fábio de Melo.



“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.”


O fragmento acima, retirado a segunda carta de São Paulo a Timóteo (4,7), traduz fielmente o que é a vida do Cristão sobre a Terra, uma luta incessante, que somente encerrará quando o discípulo fiel de Cristo estiver com Ele no Céu.


Portanto, é preciso armar-se de muita paciência, perseverança e ânimo para suportar as vicissitudes da vida, pois de combate em combate se chega ao Céu. Em outras palavras, o Cristão deve sempre estar pronto para grandes combates, para empreender grandes esforços e honrar e glorificar a Deus com as experiências da vida.


Ninguém passa pela vida sem enfrentar problemas, sem sofrimento, sem perdas.

É uma ilusão achar-se feliz quando não sucede importunação ou mal algum. Na verdade, encontra a felicidade quem aprendeu a sofrer com alegria, ou, pelo menos, como paciência e resignação.

Ter ânimo e sujeitar-se pacientemente à vontade de Deus é essencial para quem pretende vencer o combate da vida, como São Paulo o fez.

Os sofrimentos físicos são um exercício de paciência, uma verdadeira escola. Os sofrimentos morais ou sofrimentos da alma são ainda mais difíceis, muitas vezes ocultos no silêncio do coração, sem ser notado por ninguém, num silencioso e diário martírio.

Por isso, armar-se de paciência é muito importante, para vencer as adversidades e o próprio inimigo da alma. A paciência na adversidade fortalece a alma. As pessoas que nos exercitam na paciência (aquelas que por vezes são inoportunas, incomodativas, cansativas ou opositoras) são, na verdade, benfeitoras da nossa alma, muito embora isso, segundo os conceitos humanos, pareça algo incompreensível, uma humilhação contínua, enfim, uma situação vexatória e incomodativa que suscita indignação.

Com efeito, muitas vezes a virtude é explorada ou oprimida porque fica silenciosa, porém sairá amplamente vencedora se tiver ânimo para a luta e paciência para suportar os momentos adversos. Poucos sabem, mas “A paciência dá glória a Deus” (Diário de Santa Faustina, 920).

Nessas horas de combate e adversidade, além da paciência, é preciso o silêncio, a mais eloquente forma de confundir os inimigos, exatamente como Jesus fez quando estava diante de Herodes. “O Silêncio é uma linguagem tão poderosa que atinge o Trono de Deus vivo. O silencio é a Sua palavra, embora oculta, mas poderosa e viva” (Diário de Santa Faustina, parágrafo 888). “Quando me calo, sei que vou vencer” (Diário, 896). Santa Faustina chegou ao ponto de dizer “A paciência, a oração e o silêncio – eis o que fortalece a minha alma” (Diário, 944).

É importante, ainda, observar que “Antes de cada grande graça, a minha alma é submetida à prova da paciência(Diário, 1084). Ou seja, as provações são um bom sinal, mas é preciso paciência, silêncio e ânimo para suportar os momentos adversos e perseverar até o momento em que a Providência nos dê a vitória.


Além disso, os atos de paciência devem ser oferecidos a Deus, como um presente, pois são atos que O glorificam. É justamente por isso que Deus nos dá muitas ocasiões para exercitarmos a paciência, algumas vezes no limite da suportabilidade.

Especificamente sobre a virtude da paciência, transcrevo mais um fragmento do Diário de Santa Faustina: “Conheci que a maior força está contida na paciência. Vejo que a paciência sempre conduz à vitória, embora não imediatamente, essa vitória se manifestará depois de anos. A paciência anda junto com a mansidão.” (Diário, 1514)                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

No parágrafo 86 do Diário de Santa Faustina, Jesus fala a respeito das contrariedades no trabalho religioso, afirmando que “Não recompenso o bom êxito, mas pela paciência e pelo trabalho suportado por Minha causa.”

"...A alma que está unida com Deus deve ser preparada para grandes e árduos combates." (Diário de Santa Faustina, parágrafo 121)

Portanto, temos de ter em mente que a vida é uma luta. Mal vencemos um combate, já temos outra situação, de modo que a vida passa assim, numa sucessão de batalhas.


Feliz aquele que nunca desanimar.

Um forte abraço a todos.

A Paz de Jesus e o Amor de Maria.

Abaixo, um vídeo extraordinário, com a música, viver para mim é Cristo, de Padre Fábio de Melo. 




Um comentário:

  1. Maravilhoso artigo! Eu amo São Paulo! Mas ele sabia que toda provação tinha c/ meta a COROA DA VIDA ETERNA, ao passo que eu por exemplo, c/ todas as provações que passe e passo, não tenho nenhuma certeza do CÉU. Somente espero que Deus me dê forças p/ continuar. Nem vou citar São Paulo c/ exemplo pq eu diante dele; NEM UM GRAOZINHO DE AREIA SOU!. As vzs tenho medo do sofrimento, das batalhas ... Td o que mais queremos em alguns momentos: É nos sentir amado/as! Interessante é que esquecemos do AMOR DE JESUS, se lembrássemos dele e meditássemos sua PAIXÃO td seria diferente. Temos de olhar mais p/ a CRUZ.

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