Nos últimos anos, houve um grande número de acontecimentos lamentáveis envolvendo pessoas ligadas à Igreja Católica. Isso tudo nos envergonha e nos deixa muito preocupados. Pergunta-se: "O que está havendo com a Igreja Católica?"
Historicamente, a Igreja enfrentou - e ainda enfrenta - muitas tribulações. Muitos foram os inimigos, que, não raras vezes, estavam dentro da própria Casa de Pedro, procurando de todas formas retirar-lhe a credibilidade e a primazia dada pelo próprio Jesus Cristo, comprovadamente o seu instituidor.
Se não fosse a promessa de Jesus, de que as portas do inferno jamais prevaleceriam contra a Igreja, eu confesso que já teria perdido as esperanças.
Em face da extrema dificuldade do tema, tomei a liberdade de trancrever um artigo do jornalista católico PERCIVAL PUGGINA, um grande expoente do jornalismo gaúcho, com um longa e ilibada carreira, sendo um conhecido e combativo defensor da Igreja.
Percival Puggina
O artigo abaixa fala examente a respeito dos escândalos, cuja vinda não se pode evitar, mas a respeito deles se pode dizer: "AI DE QUEM PROVOCA ESCÂNDALOS".
Eis o artigo. Bom proveito.
"A FRAÇÃO E O TODO
(Percival Puggina)
"Aqueles que causam o escândalo são culpados de assassinato espiritual. Aqueles que acolhem o escândalo, permitindo que destrua sua fé, são culpados de suicídio espiritual" (S. Francisco de Sales, citado pelo Pe. Roger J. Landry).
Entre os muitos chamados, apenas 12 foram escolhidos. Pessoalmente escolhidos por Jesus. Seleção feita a dedo. Tu, tu e tu. Pois ali mesmo, entre os doze, houve um traidor. Fraquezas e traições humanas não são incomuns na vida da Igreja. Entretanto, como lembra o mencionado padre Roger em belo sermão, "se o escândalo de Judas tivesse sido a única coisa com que os membros da Igreja primitiva houvessem se preocupado, a Igreja teria acabado antes de começar".
Diante de acontecimentos reprováveis é comum ouvir-se: "São coisas que acontecem!". No entanto, muitas dessas coisas só acontecem porque, quando acontecem, a gente apenas diz que são coisas que acontecem. Creio, diferentemente, que erros têm que ser corrigidos e que a responsabilidade pelas retificações e penalidades recai sobre as autoridades em cuja jurisdição ocorrem. Misericórdia com o pecador não é quitação do criminoso perante a Justiça. Ponto. Voltemos à Igreja.
No século 15, de baixo para cima e de cima para baixo, a cobiça, o apego ao poder e a devassidão dominaram parcela do clero, do episcopado, da cúria romana e alcançaram alguns papas. Inocêncio VIII teve dois filhos. Alexandre VI, além de ter sido um corrupto, vendilhão de indulgências, teve nove filhos com seis mulheres. Aquela terrível crise se prolongou por quase cem anos. Mas é em épocas assim que emergem multidões de santos para suscitar as mudanças necessárias. E o século 16 ficou conhecido como o que mais santos produziu. As denúncias e os fatos que chegam ao nosso conhecimento nestes dias, com toda sua gravidade, envolvem raríssimos colegas de D. Lugo e alguns presbíteros (entre quase meio milhão de religiosos em atividade no mundo).
Quem aposta no descrédito da Igreja joga nessa fração contra o todo. E toma um bonde muito errado. A Igreja persistirá como luz da História e como instituição incomparável a qualquer outra, por palavras, obras e vocação. Também erra feio quem pretende atribuir às exigências da castidade os gravíssimos problemas que estão sendo revelados. Promíscuos, pervertidos e tarados de beco, em todos os tempos, e nas mais diferentes esferas da atividade humana, são frutos do hedonismo. Não são frutos do celibato nem da castidade. Ora, convenhamos!
Acontece que, para a contracultura da ganância, do poder e do prazer, resulta intolerável que tantos homens e mulheres, livremente, por amor a Deus e ao próximo, prefiram a pobreza, a obediência e a castidade. Quanto desprezo à virtude! Contudo, quem quiser escrever meia página honesta sobre os seres humanos que mais contribuíram para elevar a humanidade, com generosa dedicação aos seus semelhantes, haverá de encontrar, a cada passo, a multidão dos que, através dos séculos, voluntariamente, assumiram os encargos e as alegrias da vida religiosa. Paradoxalmente, na realidade do mundo em que vivemos, esses santos do cotidiano tornam-se vítimas da maledicência dos que são incapazes de entender a virtude e não têm metade da bravura necessária para dizer não a si mesmos. Nessa contracultura, São Francisco de Assis seria visto como um oprimido ou degenerado...". (Em http://www.puggina.org/)
Lembre-se sempre: A IGREJA SOMOS NÓS, TODOS NÓS, BATIZADOS DO MUNDO INTEIRO.
E você sabe o que é a fé católica? É vencer tudo pelo poder da oração, da obediência, do amor e da caridade. Assista o vídeo abaixo e veja como muitas pessoas estão dispostas a resistir e lutar pela Igreja Católica, a Igreja de Jesus Cristo.
Portanto, que cada um cuide de nossa casa, fazendo sempre o possível para viver o Evangelho como Jesus quer, sendo exemplo de correção e integridade. Às vezes, o mau exemplo está no último lugar onde se poderia imaginar ou aceitar, porém São Paulo nos ensina: "Guardai o que é bom!", apenas o que é bom.
Portanto, que cada um cuide de nossa casa, fazendo sempre o possível para viver o Evangelho como Jesus quer, sendo exemplo de correção e integridade. Às vezes, o mau exemplo está no último lugar onde se poderia imaginar ou aceitar, porém São Paulo nos ensina: "Guardai o que é bom!", apenas o que é bom.
Cordial abraço a todos.
Marcos Suzin,
Coordenador do Grupo Água Viva.
Vacaria, RS.
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