Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face
O PEQUENO CAMINHO - A PEQUENA VIA
(Infância Espiritual)
(Infância Espiritual)
Santa Teresinha do Menino Jesus
queria ser uma grande santa, mas, ao mesmo tempo em que era impelida por tão
audacioso desejo, sentia-se como que esmagada pela própria pequenez, sentia-se
débil e incapaz de seguir o caminho dos santos que tinha como modelo,
especialmente sua madrinha espiritual Santa Tereza de Ávila (http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_%C3%81vila.)
Bastava uma rápida leitura sobre
os grandes santos, os profetas, os mártires, para saber que a santidade exigia
algo grandioso, que somente poderia ser realizado por almas de equivalente
dimensão e grandeza. Segundo a lógica, grandes almas poderiam se tornar grandes
santos. Isso obviamente também deixava transparecer que almas pequenas não
poderiam chegar à santidade, limitando-se a realizar tarefas simples e
inexpressivas aos olhos do mundo.
SantaTeresinha ainda criança
Mas a então adolescente Teresa
queria – e muito! – ser santa, uma santa que viesse em socorro de uma multidão
de pessoas esquecidas de qualquer auxílio.
Segundo consta, ainda na
adolescência, antes mesmo dos 15 anos, Teresa já obteve a graça da conversão do
criminoso Pranzini – condenado à forca por pelo menos três homicídios -. Mas
também não se pode deixar de mencionar que Teresa foi uma menina mimada ao
extremo, que suscitou muitas preocupações à família.
Teresa também foi favorecida por
muitas graças, especialmente em relação à Santíssima Virgem Maria, cujo sorriso
viu certa vez em circunstância por demais maravilhosa.
Mas apesar do imenso amor que
tinha por Deus, sentia-se fraca e débil, incapaz de trilhar o caminho dos
grandes santos, especialmente de sua heroína Joana D’Arc.
Teresa representando sua heroína Joana D'Arc em peça teatral.
Depois de grande luta, muitas
lágrimas, sofrimentos, conseguiu finalmente entrar para o Carmelo.
Reclusa, Teresa buscava uma forma
de alcançar a santidade por um caminho diferente, acessível a todos, o “Pequeno
Caminho”.
Santa Teresinha no Carmelo
Em certa oportunidade, Teresa fez
a maior descoberta de sua vida.
Em meio a muitas lutas e
sofrimentos, Teresa esforçava-se para proporcionar alegrias a Deus, e assim
prosseguir no caminho para a santidade. Mas quando comparava a própria vida à
dos santos (citou Paulo, Francisco, Agostinho, Teresa de Ávila, João da Cruz,
Joana D’Arc), sabia que não poderia trilhar os caminhos de tão extraordinárias
pessoas, pois isso significava mortificações severas, ir para o deserto, viver como
eremita, escrever livros científicos, martírio etc. Teresa, ao comparar-se com
os santos, percebia que havia entre si e eles uma distância comparável a uma
montanha – “cujo cume se erguia até as nuvens” - e um grão de areia – “que não
era levado em consideração pelos homens”. Resumindo, Teresa sabia que não tinha
talento para realizar grandes obras.
Lembrando-se dos elevadores que viu em Roma, uma das tantas tecnologias criadas no final do século XIX, Teresa buscava uma forma de elevar-se, ou seja, de “chegar ao topo da santidade.”
Teresa literalmente mergulhou na
Sagrada Escritura, acabando por encontrar, no Livro dos Provérbios, a seguinte
passagem:
“Os ingênuos venham até aqui!” [se alguém é totalmente pequeno, então
venha até mim](Livro dos Provérbios 9,4).
Teresa entendeu perfeitamente.
Este “totalmente pequeno” [toot petit] era ela mesma, e perguntou-se:
“O que faz Deus com o totalmente
pequeno?”
A resposta encontrou em Isaias:
“Como uma mãe ama o seu filho, assim quero vos consolar, vos carregar
no meu peito e embalar nos meus joelhos.”
Teresa finalmente achou o seu “elevador”, ou seja, os braços de Jesus que a iriam levar ao topo da santidade. Ela concluiu, então, que:
“Só precisava correr ao encontro de Jesus com AMOR e CONFIANÇA, como
uma criança, que corre para casa ao encontro do pai, quando ele volta do
trabalho.”
Diante da descoberta, Teresa
exultou:
“Meu Deus, como é grande teu amor e tua misericórdia, tu ultrapassaste
minhas expectativas, e quero cantar as tuas compaixões eternamente.”
Lembrando São João da Cruz,
Teresa concluiu:
“... ‘O AMOR SÓ É RECOMPENSADO
POR AMOR’,... não por esforço. AMOR ATRAI AMOR!”
Teresa então resolveu chamar este
caminho de “PEQUENO CAMINHO” ou também “CAMINHO SIMPLES”, não por ser inferior
ou insignificante, mas porque ele não exigia nenhuma sabedoria ou talento
espacial, a não ser AMAR A DEUS E A TODOS OS SERES HUMANOS. Era um caminho
acessível aos SAUDÁVEIS e aos DOENTES, às CRIANÇAS e aos ADULTOS, aos
CONTENTES, FELIZES ou mesmo aos TRISTES, e também àqueles que são OPRIMIDOS POR
MIL PREOCUPAÇÕES E NÃO PODEM CORRER AO ENCONTRO DE DEUS EM PASSOS GIGANTESCOS.
Teresa, porém, advertiu que o PEQUENO CAMINHO não pode ser considerado um
desvio esperto para pessoas que querem poupar sacrifícios e chegar ao Céu de
maneira cômoda.
Somente uma coisa se faz absolutamente
necessária:
“UM AMOR GRANDE, FORTE e FIEL, com o qual se cumpra os deveres
cotidianos, (...) tanto faz aonde a gente for colocado: se na escola ou no
lugar do trabalho, se no fogão ou num estábulo, se a gente serve a doentes ou
nós estamos doentes [em cima de uma cama] (...) Deus não olha a grandeza do
nosso ato, mas somente para o amor, com o qual realizamos. Por isso escolhi
como lema da minha vida: O QUE CONTA É SOMENTE O AMOR!”
Abaixo você pode assistir ao filme sobre Santa Teresinha.
· * Transcrições baseadas no livro: Santa Terezinha,
Aventura do Amor, de Monika-Maria Stöcker. Musa Editora.
Para saber mais sobre Santa Teresinha do Menino Jesus:
Santa Terezinha do Menino Jesus, rogai por mim, para que Deus me conceda a grande graça da humildade e paciência. 🙏⛪
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