sábado, 25 de dezembro de 2010

Orações de Santa Faustina. A Secretária da Divina Misericórdia.


FRUTOS DA ORAÇÃO
(O DIÁRIO de santa Irmã Faustina)

"É pela oração que a alma se arma para toda espécie de combate. Em qualquer estado em que se encontre, a alma deve rezar. Tem que rezar a alma pura e bela, porque de outra forma perderia a sua beleza; deve rezar a alma que está buscando essa pureza, porque de outra forma não a atingiria; deve rezar a alma recém-convertida, porque de outra forma cairia novamente; deve rezar a alma pecadora, atolada em pecados, para que possa levantar-se. E não existe uma só alma que não tenha a obrigação de rezar, porque toda a graça provém da oração"
(Diário, 146).

"...a alma deve ser fiel à oração, apesar dos tormentos, da aridez e das tentações, porque em grande parte e principalmente de uma oração assim depende, às vezes, a concretização de grandes desígnios de Deus. E, se não perseveramos nessa oração, transtornamos o que Deus queria realizar através de nós, ou em nós. Que toda alma se lembre destas palavras: E, estando em agonia, rezou mais longamente"
(Diário, 872).

"A paciência, a oração e o silêncio — eis o que fortalece a minha alma. Há ocasiões em que a alma deve calar-se e não lhe convém conversar com as criaturas. São momentos em que não está satisfeita consigo mesma (...) nestes momentos vivo exclusivamente pela fé..." (Diário, 944).

"O silêncio é como a espada na luta espiritual (...) A alma recolhida é capaz da mais profunda união com Deus, ela vive quase sempre sob a inspiração do Espírito Santo. Deus opera sem obstáculo na alma silenciosa" (Diário, 477).

"Devemos rezar, muitas vezes, ao Espírito Santo pedindo a graça da prudência.
A prudência compõe-se de: ponderação, consideração inteligente e propósito firme. Sempre a decisão final pertence a nós" (Diário, 1106).


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"O próprio Senhor me estimula
a escrever orações e hinos sobre a Sua misericórdia..." (Diário, 1593).

"Desejo que conheças mais a fundo o Meu amor, de que está inflamado o Meu Coração pelas almas, e compreenderás isso quando refletires sobre a Minha Paixão. Invoca a Minha misericórdia para com os pecadores, pois desejo a salvação deles. Quando de coração contrito e confiante rezares essa oração por algum pecador, Eu lhe darei a graça da conversão. Esta pequena prece é a seguinte:
— Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós" (Diário, 187).

ORAÇÕES DE SANTA IRMÃ FAUSTINA

"Amor Eterno, chama pura, ardei sem cessar no meu coração e divinizai todo o meu
ser de acordo com a Vossa eterna predileção, pela qual me chamastes à existência
e convocastes à participação na Vossa felicidade eterna" (Diário, 1523).

"Ó Deus misericordioso, que não nos desprezais, mas nos cumulais sem cessar com as Vossas graças! Vós nos tornais dignos do Vosso Reino e, em Vossa bondade, preencheis com homens os lugares deixados pelos anjos ingratos. Ó Deus de grande misericórdia, que afastastes o Vosso santo olhar dos anjos revoltados e o voltastes para o homem contrito, seja dada honra e glória à Vossa insondável misericórdia" (Diário, 1339).

"Ó Jesus estendido na cruz, suplico-Vos, concedei-me a graça de sempre, em toda parte e em tudo cumprir fielmente a Santíssima vontade de Vosso Pai. E, quando essa vontade de Deus me parecer penosa e difícil de cumprir, então suplico-Vos, Jesus, que das Vossas Chagas desça para mim força e vigor, e que a minha boca repita: Seja feita a Vossa vontade, Senhor. (...) Jesus cheio de compaixão, concedei-me a graça de me esquecer de mim mesma, a fim de viver inteiramente para as almas, ajudando-Vos na obra da salvação, segundo a santíssima vontade de Vosso Pai..." (Diário, 1265).
"Desejo transformar-me toda em Vossa misericórdia, para tornar-me o Vosso reflexo vivo, ó meu Senhor! Que a Vossa misericórdia, que é insondável e de todos os atributos de Deus o mais sublime, se derrame do meu coração e da minha alma sobre o próximo.
Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los.
Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas.
Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão.
Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas.
Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço (...)
Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível
a todos os sofrimentos do próximo. (...)
Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis" (Diário, 163).

"Rei de Misericórdia, guiai a minha alma" (Diário, 3).

"Ó Jesus, Deus eterno, agradeço-Vos pelas Vossas inúmeras graças e benefícios. Que cada batida do meu coração seja um novo hino de ação de graças para Convosco, ó Deus! Que cada gota do meu sangue circule por Vós, Senhor. A minha alma é um só hino de adoração da Vossa misericórdia. Amo-Vos, Deus, por Vós mesmo"
(Diário, 1794).

"Ó Jesus, desejo viver o momento presente, viver como se este dia fosse o último da minha vida: aproveitar cuidadosamente cada momento para a maior glória de Deus; fazer uso de cada circunstância, de tal maneira, que a alma possa tirar proveito. Olhar para tudo do ponto de vista de que nada suceda sem a Vontade de Deus. Deus de insondável misericórdia, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós, pelo compassivo Coração de Jesus" (Diário, 1183).

"Ó Deus de grande misericórdia, bondade infinita, eis que hoje a Humanidade toda clama do abismo da sua miséria à Vossa misericórdia, à Vossa compaixão, ó Deus, e clama com a potente voz da sua miséria. Ó Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta Terra. Ó Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que, com nossas próprias forças, não temos condições de nos elevar até Vós, por isso Vos suplicamos: adiantai-Vos ao nosso pedido com a Vossa graça e aumentai em nós sem cessar a Vossa misericórdia, a fim de que possamos cumprir fielmente a Vossa santa vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente Vós conheceis..." (Diário, 1570).


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LADAINHA DA DIVINA MISERICÓRDIA
O AMOR DE DEUS É A FLOR - E A MISERICÓRDIA O FRUTO

Que a alma que desconfia leia estes louvores da misericórdia e torne-se confiante.
Misericórdia Divina, que brota do seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente, nem humana nem angélica pode perscrutar,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na instituição da Santa Igreja, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo Batismo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos da vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do Inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das Suas mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

Ó Deus eterno, em quem a misericórdia é insondável e o tesouro da compaixão  é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa santa vontade, que é Amor e a própria Misericórdia" (Diário, 949).

sábado, 18 de dezembro de 2010

A Grande Tentação de Cristo!




Prezados amigos do Grupo Água Viva. Estimados irmãos em Cristo Jesus Senhor Nosso.

Eu estava esperando o momento mais oportuno para publicar este texto, que há muito vem povoando minha imaginação, e que não me deixa sossegar enquanto não obedeço a tão vistosa inspiração.

Você bem sabe que Jesus esteve entre os homens, de modo público e visível para todos. Durante 33 anos, permaneceu no mundo de maneira que pudesse ser visto e sentido por qualquer pessoa, seja boa ou má, fiel ou agnóstica (ateu). Nesse período, Jesus passou por muitas provações, foi perseguido e ameaçado. A espada, o ódio e a intolerância o cercaram inúmeras vezes.

Mas o meu objetivo é falar hoje sobre as tentações que Jesus sofreu, fazendo expressa menção aos momentos que sucederam o batismo nas águas do Rio Jordão, a agonia no Horto e o suplício na Cruz.

Logo após Jesus receber o batismo de João, dirigiu-se ao deserto onde jejuou durante 40 dias. Após, foi tentado pelo demônio, que lhe sugeriu, de modo simplificado, três tipos de tentação: 1) o “TER” (o demônio ofereceu todos os reinos do mundo); 2) o “PRAZER” (o desafio contra Deus, ou atitude de pôr Deus à prova, ou abusar de sua complacência e misericórdia, comportando-se de modo imprudente, imoral e inconveniente); e 3) o “PODER” (o demônio instigou Jesus a transformar pedras em pães).

Na Horto das Oliveiras, o demônio procurava de todas as formas convencer Jesus que seu sacrifício seria em vão, pois a humanidade não dava a mínima importância para a Salvação. Jesus, porém, fez-se obediente ao Pai e disse com decisão e firmeza: “Pai seja feita a tua vontade.” Aqui, o tentador tentou evitar que Jesus aceitasse a Cruz (leia-se: sofrimentos da dolorosa Paixão).

Na Cruz, quando Jesus estava crucificado, já em agonia por causa dos atrozes sofrimentos, passou a ser ultrajado pelos seus inimigos, os quais gritavam: “Se és o Filho de Deus, desça da Cruz, e acreditaremos.”.

Você percebe? Até nessa hora o demônio atiçou seus colaboradores a tentarem Jesus, provocando o Divino Mestre, tentando subjugá-lo a descer da Cruz.

Ai de nós se ele tivesse descido!!!!

Esta foi A Grande Tentação de Cristo, renunciar a Cruz, e descer dela. Nosso Senhor fez-se mais uma vez obediente ao Pai, e, até à morte, permaneceu na Cruz.

Nesse momento, Jesus ganhou a salvação para todos nós.

Eu quis muito deixar isso escrito, pois hoje, no mundo, especialmente no Brasil, estão sendo apresentadas, criadas e espalhadas inúmeras seitas e sedizentes religiões, as quais oferecem às pessoas exatamente isso: “A RENÚNCIA À CRUZ” ou “A NEGAÇÃO DA CRUZ”. São as seitas de consumo, estilo: “SEUS PROBLEMAS ACABARAM!”. São um “shopping de ilusões”, isso sim, que vendem uma idéia errada, com ditas vantagens ou facilidades, mas com graves conseqüências no plano espiritual.

Quem busca solução fácil para os problemas, longe de Deus e da ciência (medicina), cai facilmente nas armadilhas do maligno, que detesta a Cruz, pois é na Cruz que o homem se torna imitação de Cristo, e quão mais e melhor imitar o Senhor na Cruz, mais parecido o será com Ele na Glória do Céu.

Portanto, saiba! A grande tentação de Cristo foi o desafio ou a instigação para “descer da Cruz”.

Ai de nós se Ele tivesse descido.

A grande tentação do cristão moderno também é essa: “Descer da Cruz” e desistir de carregá-la, e ai de quem renuncia à Cruz e dela desiste, pois não encontrará o caminho do Paraíso.

Por último, observo que Jesus mostrou o caminho para o Céu como sendo o caminho da Cruz; ou seja, é pela Cruz que se chega ao Céu. Se houvesse alguma rota alternativa, Ele teria mostrado, com palavras e exemplos. Portanto, se a Cruz é o único caminho, não desista dela, carregue-a com amor, paciência e mansidão, e, após, permaneça nela, em obediência ao Pai, até que Ele ache oportuno dar-lhe o devido descanso e a coroa merecida.

A todos a Paz de Jesus e o Amor de Maria, a Santíssima Virgem, Mãe de Deus.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nossa Senhora de Guadalupe, A Padroeira da América Latina.

História da Aparição


Relato das Aparições de Nossa Senhora de Guadalupe a São João Diego (Juan Diego), indigena azteca, ocorridas do 9 ao 12 de dezembro de 1531.

Primeira Aparição:

Era sábado, muito de madrugada, quando João Diego vinha depois da missa cumprir seus deveres em Tlatilolco.

Ao chegar junto ao monte chamado Tepeyacac, amanhecia; e ouviu cantar acima do cerro; assemelhava o canto de vários pássaros.

Seu canto, muito suave e deleitoso, sobrepassava ao do coyoltoutotl e do tzinizcam e de outros pássaros lindos que cantam.

Parou João Diego, para ver e disse para si: "Por ventura sou digno do que ouço?, talvez sonho?, Me levanto de dormir?, Onde estou?, Acaso no paraíso terreno, que deixaram os antepassados?, Acaso já no céu?"

Estava vendo até o oriente, acima do monte, de onde procedia ao precioso canto celestial.

E assim que cessou repentinamente e se fez o silêncio, ouviu que lhe chamavam de acima do monte e lhe diziam: "Juanito, João Dieguito."

Logo se atreveu a ir aonde lhe chamavam. Não se assutou, ao contrário, muito contente, foi subindo o monte, para ver de onde lhe chamavam.

Quando chegou ao cume viu a uma Senhora, que estava ali de pé e que lhe disse que se aproximasse.

Chegado a sua presença, se maravilho muito de sua sobre-humana grandeza: sua veste era radiante como o sol. As plantas e diferentes ervas pareciam de esmeralda, espinhos brilhavam como o ouro.

Se inclinou diante dEla e ouviu sua palavra, muito suave e delicada, de quem ama e estima muito.

Ela lhe disse: "Juanito, o menor de meus filhos, [de] onde vens?"

Ele respondeu: "Senhora e Rainha minha, acabo de chegar da casa divina, de seguir as coisas divinas, que nos dão e ensinam nossos sacerdotes, delegados de nosso Senhor".

Ela logo lhe falou e lhe mostrou sua santa vontade.

Lhe disse:

"Sabe e tem entendido, tu o menor de meus filhos, que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus por quem se vive: Ao criador tudo pertence: Senhor do céu e da terra. Desejo vivamente que se construa aqui um templo, para nele mostrar e dar todo meu amor, compaixão, auxílio e defesa, pois eu sou vossa piedosa Mãe, a ti, a todos vocês juntos os moradores desta terra e aos demais amados meus que me invoquem e em mim confiem; Ouvirei ali seus lamentos e remediar todas as suas misérias, penas e dores. E para realizar o que minha clemência pretende, vai ao palácio do Bispo do México e lhe dirás como eu te envio a manifesta-lhe o que desejo, que aqui me edifique um templo: lhe contarás pontualmente tudo quanto tens visto e admirado, e o que tens ouvido. Tem por seguro que te agradecerei bem e o pagarei, porque te farei feliz e merecerás muito que eu recompense o trabalho e fatiga com que vais procurar o que te encomendo. Olha que já tens ouvido minha ordem filho meu, o menor, anda e põe todo teu esforço."




João Diego respondeu: "Senhora minha, já vou a cumprir tua ordem; por agora me despeço de ti, eu teu humilde servo."

Segunda Aparição:

Havendo entrado na cidade, João Diego se foi ao palácio do Bispo que se chamava Frei João de Zumárraga, religioso de São Francisco.

Quando chegou rogou ao criados que fossem o anunciar. E passado um bom tempo, vieram a chamá-lo, pois havia mandado o senhor Bispo que entrasse.

Logo que entrou, lhe deu o recado da Senhora do Céu; e também lhe disse quanto admirou, viu e ouviu.

Depois de ouvir toda sua narração e seu recado, pareceu não dar-lhe crédito.

O Bispo lhe respondeu: "Outra vez virás, Filho meu, e te ouvirei mais tempo; o vi desde o princípio e pensarei na vontade e desejo com que ten vindo."

João Diego saiu e sentiu muito triste, porque de nenhuma maneira se realizou sua mensagem.

No mesmo dia voltou e contou com a Senhora do Céu, que lhe estava aguardando, ali mesmo onde lhe viu a primeira vez:

"Senhora, Rainha minha, fui aonde me enviaste a cumprir teu mandato, o vi e contei tua mensagem, assim como me ordenaste; Me recebeu benignamente e me ouviu com atenção; mas por quanto não me respondeu, pareceu que não teve certeza."

Disse-me: "Outra vez virás, te ouvirei com mais tempo, vi desde o princípio o desejo e vontade com que tens vindo. Compreendi perfeitamente na maneira que me respondeu que pensa que é talvez invenção minha que tua queiras que aqui te façam um templo e que acaso não é da ordem tua; Pelo que te rogo encarecidamente, Senhora e Rainha minha, que a alguns dos importantes, ou conhecidos e respeitados e estimados, lhe encarregues que leve tua mensagem, para que lhe creiam; porque eu sou sou um homenzinho, sou um cordel, sou uma escada de tabuas, sou pó, sou folha, sou gente miúda, e teu, Rainha minha, o menor de teus filhos, Senhora, me envias a um lugar por onde não ando e onde não paro. Perdoa-me que te cause tristeza e caia em teu desprezo, Senhora e Dona minha."

Respondeu-lhe a Santíssima Virgem:

"Ouve, Filho meu, mais pequeno, tem entendido que são muitos meus servidores e mensageiros a quem posso encarregar que levem minha mensagem e façam minha vontade; Mas é preciso que tu mesmo solicites e ajudes e que com tua mediação se cumpra minha vontade. Muito te rogo, filho meu, o mais pequeno, e com rigor te mando, que outra vez irás ver ao Bispo. Dai-lhe meu nome e faça-o saber por inteiro minha vontade: que tem que por por obra o templo que lhe tenho pedido. E outra vez diga que eu em pessoa, a sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, te envia."

Respondeu João Diego: "Senhora e Rainha minha, não te cause eu aflição; de muito boa vontade irei cumprir teu mandato; de nenhuma maneira deixarei de fazê-lo nem tenho por penoso o caminho. Irei a fazer tua vontade, mas acaso não serei ouvido com agrado; ou se fosse ouvido, talvez não me crerá. Amanha a tarde quando se ponha o sol virei a dar resposta a tua mensagem, com o que me responda o prelado. Já me despeço, minha Rainha e Senhora. Descansa entretanto". Logo foi ele a descansar em sua casa.


Terceira Aparição:

Ao dia seguinte, domingo muito de madrugada, saiu de sua casa e foi instruir-se das coisas divinas e estar presente na missa para ver em seguida ao prelado.

Quase às dez, se apresentou, depois de que ouviu Missa e se dispersaram as pessoas. Foi João Diego ao palácio do senhor Bispo.

Apenas chegou, fez todo empenho para ver-lo: outra vez com muita dificuldade o viu; se ajoelhou a seus pés; entristeceu-se e chorou ao contar o mandato da Senhora do Céu, que talvés não cresse em sua mensagem e a vontade da Imaculada de erigir seu templo onde manifestou que o queria.

O Senhor Bispo, para certificar-se lhe perguntou muitas coisas, onde a viu e como era; e ele contou tudo perfeitamente ao senhor Bispo.

Mais ainda que explicou com precisão a figura dela e quanto havia visto e admirado, que em todo se descobria ser ela a sempre Virgem Santíssima Mãe do Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo;

Sem dúvida, o Bispo não lhe deu crédito e disse que não somente por seu discurso e solicitude se havia de fazer o que pedia; que, além do que, era muito necessário algum sinal para que pudesse crer que lhe enviava a mesma Senhora do Céu.

Assim que o ouviu disse João Diego ao Bispo: "Senhor, olhai qual tem de ser a sinal que pedes; que logo irei a pedir a Ela, a Senhora do Céu que me enviou aqui."

Vendo o Bispo que aceitava a tudo sem duvidar nem retratar nada, o mandou embora. Mandou imediatamente umas pessoas de sua casa, em quem podia confiar, que lhe seguissem e descobrissem aonde ia e a quem via e falava.

Assim se fez. João Diego caminhava na estrada; os que vinham atras dele, onde passa a barranca, perto do poente do Tepeyacac, lhe perderam; e ainda que mais buscassem por todas as partes, em nenhuma lhe viram.

Assim é que se regressaram, não somente porque se fastigaram, mas sim também porque lhes estorvou seu intento e lhes deu enjôo.

Entretanto, João Diego estava com a Santíssima Virgem, contando-lhe a resposta que trazia do senhor Bispo; que foi ouvida pela Senhora e lhe disse:

"Bem está filhinho meu, voltarás aqui amanhã para que leves ao Bispo o sinal que te tem pedido; com isto te creerá e acerca de isto já não duvidará, nem de ti suspeitará; e sabe, filhinho meu, que eu te pagarei teu cuidado e o trabalho e cansaço que por mim tens empreendido; vai agora, que amanhã aqui te aguardo."

Quarta Aparição:

No dia seguinte, segunda-feira, quando tinha que levar João Diego algum sinal para ser acreditado, já não voltou.

Porque quando chegou a sua casa, um tio que tinha, chamado João Bernardino, havia tido uma enfermidade,e estava muito grave.

Primeiro foi a chamar a um médico e lhe auxiliou; mas já não dava tempo, já estava muito grave.

Pela noite, lhe rogou seu tio que de madrugada saisse e fosse a Tlatilolco a chamar a um sacerdote, que queria confessar-se, porque estava muito certo de que era tempo de morrer e que já não se levantaria nem ficaria curado.

Na terça, muito de madrugada, foi João Diego de sua casa a Tlatilolco a chamar ao sacerdote; e quando vinha chegando ao caminho que sai junto a ladeira do monte do Tepeyacac, até o poente por onde tinha costume de passar, disse: "Se me vou direto, não irei ver a Senhora, e em todo caso que me detenha, para que leve o sinal ao prelado, segundo me pediu; Que primeiro nossa aflição nos deixe e primeiro chame eu depressa ao sacerdote; o pobre de meu tio o está certamente aguardando." logo deu volta ao monte; subiu por entre ele e passou ao outro lado, até o oriente, para chegar logo ao México e não o deteve a Senhora do Céu. Pensou que por onde deu a volta não podia ver-lhe.

A viu descer do cume do monte e que esteve olhando até onde antes ele a via.

Saiu a seu encontro a um lado do monte e lhe disse: "Que fazes, Filho meu, o menor? Aonde vais?". Ficou com pena dele um pouco, ele teve vergonha, ou se assustou.

Se inclinou diante dEla e a saudou, dizendo:

"Rainha minha, Senhora, desejo que estejas contente. Como tens amanhecido?, Estás bem de saúde, Senhora e Rainha minha? Vou causar te aflição: sabe, Rainha minha, que está muito mau um pobre servo teu, meu tio: lhe tem dado a peste, e está para morrer. Agora vou rápido a tua casa do México a chamar a um dos sacerdotes amados de nosso Senhor, que o vai confessar; porque desde que nascemos estamos a aguardar o trabalho de nossa morte. Mas vou a faze-lo, voltarei logo outra vez aqui, para ir levar tua mensagem. Senhora e Rainha minha, perdoa-me, tem por agora paciência; não te engano. Filha minha, a mais pequena, amanhã virei a toda pressa." ( A Virgem Santíssima chamava a João de: Filhinho meu, o mais pequeno, em alusão a sua simplicidade, e ele pensando tratar-se de uma saudação disse a Virgem : Filhinha minha, a mais pequena) .
Depois de ouvir a João Diego, respondeu a piedosíssima Virgem:

"Ouve e tem entendido Filho meu, o mais pequeno, que é nada o que te assusta e aflige; não se turbe teu coração; não temas essa enfermidade, nem outra algum enfermidade e angustia. Não estou eu aqui?, Não sou tua Mãe?, Não estás sob minha sombra?, Não sou eu tua saúde?, Não estás por ventura em meu manto?, que mais tem precisarias?. Não te apene nem te inquiete outra coisa; não te aflija a enfermidade de teu tio, que não morrerá agora; está seguro de que sarou." (E então sarou seu tio, segundo depois se soube).

Quando João Diego ouviu estas palavras da Senhora do Céu consolou muito; ficou contente. Rogou-lhe que quanto antes o mandasse a ver ao senhor Bispo, a levar algum sinal e prova, a fim de que cresse.

A Senhora do Céu lhe ordenou logo que subisse a cume do monte, onde antes a via. Disse-lhe:

"Sobe, Filho meu, o mais pequeno, ao cume do monte; ali onde me viste e te dei ordens, acharás que há diferentes flores; corte-as, junte-as, recolha-as; em seguida desce e trazei a minha presença."

Rápido subiu João Diego ao monte. E quando chegou a cume, se assombrou muito de que houvessem brotado várias e maravilhosas rosas de Castila, antes do tempo em que se dão, porque o gelo da estação endurecia o solo.

Estavam muito fragrantes e cheias do orvalho da noite, que se pareciam pedras preciosas.

Logo começo a corta-las; as juntou todas e as colocou em seu peito. O cume do monte não era lugar em que se dessem nenhuma flor, porque tinha muitos pedras, abrolhos, espinhos; só nasciam ervas ralas, então era o mês de dezembro, em que todo o cume começa a perder o gelo.

Desceu imediatamente e trouxe a Senhora do Céu as diferentes flores que foi cortar; Assim a Virgem as colheu com sua mão e as colocou no peito, dizendo-lhe:

"Filho meu, o mais pequeno, esta diversidade de flores são a prova e sinal que levarás ao Bispo. Lhe dirás em meu nome que veja nelas minha vontade e que ele tem que cumprir. Tú és meu embaixador, muito digno de confiança. Rigorosamente te ordeno que apenas diante do Bispo despregues tua manta e descubras o que levas. Contarás bem tudo; dirás que te mandei subir ao cume do monte, que fosse cortar flores, e tudo o que viste e admiraste, para que possas induzir ao prelado que dê sua ajuda, com objetivo de que se faça e erija o templo que tenho pedido."

Depois que a Senhora do Céu lhe deu seu conselho, se pôs a caminho pela estrada que vai direto ao México;

Já contente e seguro de sair bem, trazendo com muito cuidado o que portava em sua manta, alegrava-se na fragrância das variadas e lindas flores.



O milagre da Imagem

Ao chegar João Diego ao palácio do Bispo saíram a seu encontro o mordomo e outros criados do prelado.

Rogou-lhes que lhe dissem que desejava vê-lo; mas nenhum deles quis, fingindo como que não lhe ouviam, seja porque era muito cedo, seja porque já lhe conheciam, que os molestava, porque lhes era inoportuno; além do que já lhes haviam informado seus companheiros que lhe perderam de vista, quando haviam ido em sua perseguição.

Longo tempo esteve esperando João Diego. Como viram que a muito estava ali, de pé, com a cabeça baixa, sem fazer nada, decidiram chamá-lo em todo acaso; além do que, ao parecer trazia algo que portava em seu manto, por isso se acercaram a ele, para ver o que trazia e satisfazer a curiosidade.

Vendo João Diego que não lhes podia ocultar o que trazia, e que por isso lhe haviam de molestar, empurrar e bater, descobriu um pouco que eram flores; e ao ver que todas eram diferentes, e que não era então o tempo em que se davam, se assombraram muitíssimo disto, e mesmo porque estavam muito frescas, e tão abertas, tão fragrantes e tão preciosas.

Quiseram colher e tirar algumas; mas não tiveram sorte as três vezes que se atreveram a tomá-las; porque quando iam colhê-las já não se viam verdadeiras flores, mas sim que lhes pareciam pintadas ou lavradas ou bordadas na manta.

Foram logo dizer ao senhor Bispo o que haviam visto e que pretendia vê-lo o índio que tantas vezes havia vindo; o qual até muito tempo aguardava, querendo vê-lo.

Caiu, ao ouvir isto, o senhor Bispo na conta de que aquilo era a prova, para que se certificasse e cumprisse o que solicitava o índio.

Em seguida mandou que entrasse. Logo que entrou, se humilhou diante dele, assim como antes o fizera, e contou de novo tudo o que havia visto e admirado, e também sua mensagem.

João Diego lhe disse: "Senhor, fiz o que me ordenaste, que fosse a dizer a minha Ama, a Senhora do Céu, Santa Maria preciosa Mãe de Deus, que pedias um sinal para poder crer-me que tens de fazer o templo onde ela te pede que o erijas; e além do que lhe disse que eu te havia dado minha palavra de trazer-te algum sinal e prova, que era de sua vontade. Acolheu a teu recado e fez benignamente o que pedes, algum sinal e prova para que se cumpra sua vontade. Hoje muito cedo me mandou que outra vez viesse a vê-te; lhe pedi o sinal para que me creias, segundo me havia dito que me daria; e de certo o cumpriou; me despachou ao cume do monte, aonde antes já a via, e que fosse a cortar varias flores. Depois que fui a corta-las as trouxe abaixo; Ela as colheu com sua mão e de novo as entregou em meu colo, para que te as trouxesse e a ti em pessoa as desse. Ainda que eu sabia bem que no cume do monte não é lugar para que se dêem flores, porque sou há muitos riscos, abrolhos, espinhos, pedra, nem por isso duvidei. Quando fui chegando ao topo do monte, vi que estava no paraíso, onde havia juntas todas as várias e maravilhosas rosas de castila, brilhantes de orvalho, que logo fui a cortar. Ela me disse por que te as havia de entregar; e assim o faço, para que nelas vejas o sinal que me pedes e cumpras sua vontade; E também para que apareça de verdade de minha palavra e de minha mensagem. Ei-las aqui: recebei-las."

Tirou logo sua manta, pois tinha em seu peito as flores; e assim que se espalharam pelo solo todas as diferentes flores, se desenharam de repente na preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da maneira que está e se guarda hoje em seu templo do Tepeyacac, que se chama Guadalupe.

Logo que a viu o senhor Bispo, ele e todos os que ali estavam, se ajoelharam e muito a admiraram; se levantaram para vê-la, se entristeceram, mostrando que não a contemplaram com o coração e o pensamento.

O senhor Bispo com lágrimas de tristeza orou e lhe pediu perdão de não ter posto em obra sua vontade e seu mandato.

Quando se pôs de pé desatou do pescoço de João Diego, do qual estava atada, a manta em que se desenhou e apareceu a Senhora do Céu.

Logo a levou e foi colocá-la em seu oratório. Um dia mais permaneceu João Diego na casa do Bispo, que ainda lhe deteve.



No dia seguinte lhe disse: "Vai, mostrar-me onde é vontade da Senhora do Céu que lhe erijam seu templo."

Imediatamente convidou a todos para fazê-lo.

 Muito bom este documentário abaixo.
 
http://youtu.be/3A2UtAKxjuA


Comando direto para expulsar as forças malignas - Oração de Libertação - Igreja Católica Apostólica Romana.

  COMANDO DIRETO PARA EXPULSAR AS FORÇAS MALIGNAS JESUS eu glorifico o TEU NOME , pois ELE está acima de todo nome; porque diante da invo...